Sou pai, professor e educador. Faz parte do meu trabalho visitas a escolas para tratar de Educação. Nos meses de setembro-outubro/2021 minha preocupação crescente com o ensino fundamental e médio atingiu níveis alarmantes.
Tenho escutado de coordenadores que o retorno as aulas e principalmente as primeiras provas após o retorno as aulas presenciais, foram desastrosas. E refiro-me a escolas particulares de reconhecida qualidade, o que indica que o problema é geral.
Posso listar uma serie de fatos causadores, e discorrer sobre eles. No entanto optei por tratar possíveis soluções ou ao menos formas de minimizar o problema.
Nós brasileiros, avaliamos se nossos filhos estão indo bem na escola por suas notas. Costumo iniciar o diálogo abaixo:
– Como seu filho está indo na escola?
– Bem.
– Como você sabe?
– Ele tirou nota 8.
– Não perguntei a nota e sim como está o aprendizado dele.
– Hãããã …. ???
Nossos filhos (ao menos 85% dos alunos de nível fundamental e médio) nos últimos dois anos (2020 e 2021) aprenderam muito pouco ou quase nada no tocante ao conteúdo escolar que deveriam ter aprendido.
E estamos falando da escola, da base de conhecimento mínima necessária para uma evolução intelectual.
Citarei os três casos que considero mais graves para partir para soluções.
1-) alunos que deveriam estar sendo alfabetizados neste período.Alfabetizar é muito difícil. Do primeiro dia do primeiro ano do ensino fundamental ao último dia do último ano do ensino médio, alfabetizar com sucesso é a tarefa mais árdua, não é para qualquer um. Alfabetizar em casa, em minha opinião, só é possível com especialista;
2-) alunos do nono ano do ensino fundamental.Estamos falando do ano que prepara o aluno para o ensino médio. O conteúdo deste ano escolar é utilizado em todo o ensino médio. Cursar o ensino médio sem um bom aprendizado do nono ano é problema do tipo grande a frente;
3-) alunos do último ano do ensino médio. Entrei na faculdade. E agora?!? Eu estou lidando com diversos casos de alunos que ingressaram na faculdade e estão com um pouco de dificuldade em cálculo.
Alguns, não poucos, destes casos são de alunos que estão com dificuldade nas tabuadas.
Mais claro do que isto não consigo ser. Repito querido leitor, que não estou falando de alunos de escolas públicas e sim de escolas publicas e privadas.
Não podemos deixar espaços vazios nesta base (ensino fundamental e médio). Uma vez na faculdade, a “bola de neve” estará muito grande ou como dizia meu avô, “a minhoca virou cobra”.
O aluno não vai buscar aprender por conta própria o que sequer sabe que precisa aprender. Precisa dos Pais “empurrando”, orientando, talvez até “forçando” o filho a estudar.
DICA – Entendo que alunos que tenham a oportunidade de estudar em dois períodos devem fazê-lo. Em um período a sequência normal da escola e no outro “reestudar” a matéria do período anterior. Seja em casa, na escola regular ou em escola de reforço. Utilizar o segundo turno para estudos extracurriculares deve ser pensado com muita responsabilidade.
DICA – Outra sugestão é o ensino individualizado. Este formato tem resultados muito mais rápido e devido ao “face-to-face”. As dúvidas são mais facilmente percebidas e direcionadas.
DICA – Também indico escolas ou professores que fazem uma análise de perfil do aluno, dando aulas de fato individuais e personalizadas.
A We Students leva tudo isto em consideração.